O que é terrorismo?

Os ataques terroristas no dia 11 de setembro marcaram definitivamente o inicio do século XXI, provocando mudanças substantivas na forma de abordar o problema da segurança, e transformaram o sistema político de muitos Estados, afetando a vida cotidiana de milhões de pessoas.
O terrorismo constitui uma parte importante da história da humanidade, sendo encontrado em toda e qualquer região do mundo, independente da religião praticada ou do regime político adotado. É comum ouvir hoje em dia a distinção entre “velho” e “novo” terrorismo.
Os “novos” terroristas são vistos como fanáticos religiosos que não têm objetivos políticos concretos e simplesmente querem destruir. Em contrapartida, o "velho" terrorismo seria mais pragmático e suas demandas, negociáveis.
Por que essa distinção equivocada é amplamente aceita no Ocidente? Assim, a ideia de que a ameaça era inteiramente nova era a melhor forma de encobrir aquilo que seria difícil de se admitir: a debilidade da defesa dos EUA.
Mas há algo novo que tornou-se uma caracteristica distintiva do “novo” terrorismo: os atentados suicidas. Por que cada vez mais pessoas dão suas vidas em ataques suicidas no mundo inteiro? Será que a resposta está em suas crenças religiosas ou em fatores de ordem política?
Pesquisas recentes informam que a possibilidade de ocorrência de terrorismo suicida aumenta quando há ocupação militar em um determinado território. Ganhou força o argumento de que a guerra contra o terror exige medidas excepcionais, tais como o uso de tortura nos interrogatórios, para evitar futuros ataques de grandes proporções.
A escolha de se usar a violência sem limites, seja do estado que se vê atacado, ou do terrorista que crê ser injustiçado, sem qualquer restrição, permite vivenciarmos o risco sempre presente de um conflito onde tudo é permitido se o inimigo é alguém sem direitos, e o faz por merecer.
Reginaldo Nasser 

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