Como prometido na aula de ontem, postei maiores detalhes sobre o Conselho de Segurança da ONU.
BONS ESTUDOS!!!!!!!!
O Conselho de Segurança é o órgão mais poderoso da Organização das Nações Unidas (ONU). Sua reformulação tem sido tema de diversas discussões nos últimos anos, já que, desde 2005, um relatório propõe a entrada de novos membros no seleto grupo de cinco nações. Recentemente, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade a convocação de negociações intergovernamentais para expandir a instância. As reuniões já têm data para começar: 28 de fevereiro de 2009. O Brasil é um dos maiores interessados em conquistar um assento permanente no colegiado. Entenda o funcionamento do Conselho de Segurança e saiba quais os benefícios do eventual ingresso para o país.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas é a instância da ONU com responsabilidade sobre a segurança mundial. É o único órgão capaz de aprovar resoluções mandatórias sobre confrontos internacionais.
O principal objetivo do Conselho é propor resoluções para os conflitos e guerras internacionais. Para isso, ele pode autorizar uma intervenção militar ou enviar missões de paz para regiões que julgue necessário. Outro papel fundamental e frequentemente exercido é a aplicação de sanções de ordem econômica contra países que, no entender do Conselho, violem leis, acordos ou princípios internacionalmente aceitos.
O Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes. São eles: Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia. Outros dez países são membros rotativos, com mandato de dois anos e sem direito à reeleição. O voto das nações com lugar cativo na comissão, porém, têm um valor maior em comparação ao de membros temporários, como se verá na questão 6.
Sempre que há um conflito de grandes proporções, o órgão é requisitado a tomar medidas. Primeiramente, ele recomenda que as partes envolvidas cheguem a um acordo. Caso isso não ocorra, o Conselho tenta uma intermediação, estabelecendo os princípios do acordo ou enviando tropas de paz para a região. Além disso, nações envolvidas em conflitos podem solicitar uma reunião oficial do colegiado da ONU. Vale ressaltar que, para a convocação de uma sessão informal do Conselho, não é necessário que todos os seus membros estejam de acordo. As reuniões também não precisam necessariamente ocorrer na sede da ONU, em Nova York.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são aqueles considerados vencedores da II Guerra Mundial (1939-1945) e que lutaram como aliados contra o eixo formado por Alemanha, Japão e Itália. Ao final do conflito, Estados Unidos, União Soviética (substituída pela Rússia), China, Reino Unido e França assinaram a Carta das Nações, em São Francisco, e se tornaram membros fixos do grupo. Diversas propostas tentam estabelecer um critério para a escolha das nações que, eventualmente, virão a ocupar outros assentos permanentes. Uma delas consiste em acrescentar ao colegiado dois países industrializados e três em desenvolvimento, além de um da África, um da Ásia e outro da América Latina. Outra ideia é atribuir vagas permanentes relativas a regiões do globo - essas, porém, seriam ocupadas por nações de forma rotativa.
Para que uma resolução seja aprovada pelo Conselho, é necessário que ela obtenha o apoio dos cinco membros permanentes e ao menos de mais quatro nações que ocupam temporariamente a comissão. Fica claro, assim, que um voto negativo de um dos membros permanentes configura veto à resolução. No entanto, a abstenção de um membro permanente, por exemplo, não dá direito a veto.
Existe um consenso de que a composição do Conselho de Segurança já não reflete fielmente a realidade econômica e política dos diversos membros da ONU. Em 1993, um grupo recebeu a tarefa de desenvolver um plano para ampliar o órgão e trabalhar para que as medidas para essa expansão entrassem em vigor. No entanto, o comitê funcionava na base do consenso, o que dificultou resoluções efetivas devido à discordância entre membros-chave, como Itália e Alemanha. Até agora, os países concordam que o número de participantes deve aumentar e, para isso, apresentaram várias propostas. Diplomatas descreveram o fato como "histórico", dizendo que isso aumenta a possibilidade de o Conselho se tornar maior e mais representativo no século XXI.
Uma proposta recente - que, segundo os diplomatas, tem amplo apoio dos estados-membros - seria a adição de sete novas cadeiras ao Conselho de Segurança. Entre os candidatos, estão Brasil, Japão, Alemanha, Índia e uma nação africana ainda a ser escolhida.
Os Estados Unidos, por exemplo, acham que a expansão só deve ser cogitada após outras reformas na ONU e também expressam insatisfação com as aspirações da Alemanha. É uma resposta da administração do presidente George W. Bush à oposição alemã à invasão americana do Iraque, em 2003. A China , por sua vez, não admite a idéia de conceder ao Japão o status de potência regional. Pequim planeja ser a potência hegemônica na Ásia e não quer a concorrência dos japoneses.
Também há divisões. A ascensão da Índia, por exemplo, não é aceita pelo Paquistão, seu vizinho, e a Itália não entende por que o lugar seria da Alemanha e não dela própria. Por fim, México e Argentina se opõem à pretensão brasileira - seguindo a mesma ciumeira regional de asiáticos e europeus.
Para que a reforma no Conselho de Segurança seja aprovada e, enfim, novos membros entrem no grupo, é necessária a aprovação de dois terços dos 192 estados-membros que constituem a ONU. Isso significa a provação de 128 nações.
O país se apresenta como o candidato mais qualificado para representar a América Latina, já que possui o maior território e a maior população da região. A justificativa é também utilizada pela Alemanha, Índia e Japão, que afirmam ser representantes naturais de suas regiões devido às dimensões de suas economias, territórios e população. A partir daí, o governo brasileiro, em conjunto com o chamado G-4, apresentou à Organização das Nações Unidas a proposta de criar seis ou sete novas vagas para membros permanentes do Conselho, e se candidatou para uma delas. Em 2005, o Brasil manteve sua candidatura, mas abriu mão do direito a veto pelos primeiros quinze anos caso fosse escolhido.
FONTE: http://www.veja.com/
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