Casamento Real - Príncipe é favorito na sucessão ao trono


Quase um terço da população mundial - dois bilhões de pessoas - assistiu pela TV ao casamento do Príncipe William e de Kate Middleton, que aconteceu hoje,  dia 29 de abril, na Abadia de Westminster, em Londres.

A monarquia britânica vê no evento uma tentativa de resgatar o luxo e o carisma da Coroa, ofuscados por escândalos nas últimas três décadas. A união também terá reflexos na sucessão ao trono no Reino Unido.

Príncipe William é o segundo na linha de sucessão atrás de seu pai, o príncipe Charles. De acordo com pesquisas de opinião pública, é também o favorito dos britânicos para assumir o lugar da rainha Elizabeth 2ª.

O sistema político em vigor no Reino Unido é a monarquia constitucional. A rainha é soberana sobre os quatro países que compõem o reino - Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales - e 14 territórios ultramarinos.

Na prática, porém, sua função é restrita a cerimoniais e outras formalidades. O poder político, de fato, é exercido pelo Parlamento, composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e pelo Primeiro-Ministro e seu gabinete.

A rainha Elizabeth 2ª, 85 anos, é a mais longeva da história da Inglaterra e a monarca há mais tempo no poder na Europa. Ela foi coroada em 2 de junho de 1953. A monarquia constitucional, aos moldes da britânica, vigora em outros 28 países, entre eles a Espanha, o Japão e a Suécia.

O casamento de um integrante da família real é sempre um acontecimento histórico e popular. Não somente pela importância política como também pelo simbolismo e a aura de "conto de fadas".

Parte deste prestígio foi abalado pela separação do príncipe Charles e da princesa Diana, pais do príncipe William. Charles, herdeiro do trono, foi pressionado para se casar no começo dos anos 1980. Ele e lady Diana Spencer mal se conheciam quando se casaram em 29 de julho de 1981.

Na época, Charles já mantinha um relacionamento com uma mulher casada, Camilla Parker-Bowles, sua atual esposa. Diana, por outro lado, era mais popular entre os súditos da Coroa, tanto pela beleza quanto pelo seu trabalho com caridade.

O casamento terminou em 1992, depois que casos de adultérios foram expostos nos tabloides ingleses. Diana morreu em um acidente de carro em Paris, em 1997. O episódio desgastou a realeza britânica (ver filme indicado abaixo).
 
Plebéia
Já o casamento de William e Kate destoa da tradição por dois motivos. Primeiro, porque a noiva não pertence à linhagem real ou aristocrática. Catherine Elizabeth Middleton (nome de batismo de Kate) vem de uma família de classe média do vilarejo de Bucklebury, situado a 76 quilômetros de Londres. Seus pais são ex-funcionários do ramo de aviação e, atualmente, donos de uma empresa de venda on-line de acessórios para festas infantis.

A origem "plebeia" é algo muito raro entre pretendentes a rainhas no Reino Unido. Diana, por exemplo, era filha de um visconde. E, até o século 19, casamentos de príncipes eram arranjados entre famílias reais.

O segundo fato incomum é a publicidade do relacionamento, que foi acompanhado pela imprensa londrina durante anos. Os noivos se conheceram em 2001, na Universidade de St. Andrews, a mais antiga da Escócia. Na ocasião, o príncipe Charles fez um acordo com a imprensa para que William tivesse privacidade nos estudos.

Em 2005, após a formatura dos dois, o namoro se tornou público. Kate passou a ser perseguida pelos paparazzi (fotojornalistas independentes e especializados em celebridades). A pressão teria provocado uma separação em 2007, que durou alguns meses.

A namorada do príncipe foi apelidada nos jornais londrinos de "Waity Katie" (Katie à espera), por viver a espera de um pedido oficial de casamento. O anúncio do noivado foi feito em novembro do ano passado.

William Arthur Philip Louis, ao contrário de Kate, foi alvo das atenções dos britânicos desde o nascimento. Uma das imagens mais marcantes do príncipe, ainda adolescente, é no funeral da mãe ao lado do irmão mais novo, Harry.

Os irmãos receberam treinamento militar na Real Academia Militar de Sandhurst. William se formou em setembro do ano passado como piloto de busca de resgate da Força Aérea, função que assumirá pelos próximos três anos após o casamento.

A Abadia de Westminster, onde foi realizada a cerimônia, tem mais de mil anos de história. Ela é palco de coroações, casamentos e funerais da monarquia britânica. O dia do casamento foi decretado feriado nacional no Reino Unido.
                                                                           FONTE: www.uol/noticias.com.br

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